A inflação continua sendo o centro das discussões econômicas. Cesta básica acumulando altas de até 52% em 12 meses. Índice Geral de Preços do Mercado batendo praticamente 12% em um ano. Inflação oficial do governo revista para mais de 6% ao ano, enfim, os mais diferentes índices apontando aumento geral dos preços.
Não obstante a atenção redobrada da autoridade econômica, que deverá colocar em prática a plenitude das políticas mais conhecidas, como restrição ao crédito, elevação nos juros, enfim, aperto monetário, aliado ao aperto fiscal, o consumidor tem papel preponderante neste contexto.
É certo que o governo poderia buscar acordos setoriais e adotar uma postura mais proativa, mas também é certo que a especulação existente em alguns setores, deverá ser combatida pelo consumidor final.
Se o preço da marca líder subiu, substitua por marcas alternativas, mais baratas, mesmo que haja, no curto prazo, perda na qualidade. Use a criatividade. A culinária brasileira é rica, e chega um momento que os preços elevados indicam que variar é preciso.
O arroz está caro? Use macarrão. Comer fora de casa está abusivo? Faça um jantar em família. Introduza produtos típicos da época, cuja oferta é maior, portanto preços menores. Há ainda vários produtos importados mais baratos. É ruim para balança comercial brasileira, mas em um momento de carestia o que vale é economizar. Aproveite melhor os alimentos, evite estocagem e acima de tudo aumente a vigilância.
Se um dos motivos pela de alta dos preços é o aumento do poder aquisitivo da população, uma das formas dos preços caírem é recuar no consumo.Tudo indica que a pressão inflacionária não é de curto prazo, portanto, é hora de atacar todos os flancos para evitar o pior: que os preços desgarrem.
Governo, cidadãos e até empresários: o trabalho é conjunto, o que vale é o bem maior, e esse bem é estabilidade de preços.
Reinaldo Cafeo